Cada ano mais o mercado se preocupa com a diversidade nas empresas, ou melhor, a falta desta. Já passou do tempo, afinal, de o assunto ter o merecido destaque, se tornando de fato uma realidade. Para isso, diversos são os esforços que as organizações estão fazendo para tornar seus escritórios mais inclusivos. Os números indicam uma melhora, mas também demonstram um longo caminho pela frente.
Mais do que apenas ou outro grupo específico, o foco está em tornar o ambiente corporativo realmente diversificado. Dessa forma, questões raciais, sexuais, de gênero, idade e deficiência devem ser consideradas. Somente assim as corporações poderão auxiliar a sociedade a evoluir. Mas, para atingir tal objetivo, é preciso compreender o tema e investir em mudanças estruturais.
Para entender melhor todo esse conceito, fique atento ao texto a seguir. Ao longo dos próximos parágrafos, você poderá conferir a que se refere essa discussão. Aproveite também para analisar alguns números que comprovam sua importância e exemplos de ações a serem implementadas.
O que é a diversidade nas empresas?
A fim de compreender o significado da diversidade nas empresas, se faz preciso primeiramente entender a situação da sociedade atual. Para isso, basta analisar a representatividade de alguns grupos na população e em seu ambiente de trabalho. Por exemplo:
- O país conta, de acordo com o IBGE, com 54% de população negra;
- Ainda segundo o instituto, 1,9% da sociedade brasileira se identifica como LGBT;
- Já de acordo com o PNAD, 51,8% da população é composta por mulheres;
- 8,7% da sociedade brasileira possui algum tipo de deficiência;
- O governo afirma que 14,6% dos brasileiros possui mais de 60 anos.
Com estes dados em mente, chega o momento de verificar se essa representação ocorre em sua empresa. Será que mais da metade dos funcionários — e dos cargos de liderança — é composta por mulheres? Há quase 15% dos colaboradores acima de 60 anos? Mais de 50% de seu quadro de funcionários é preenchido por pessoas negras? A comunidade LGBT aparece como 2% dos profissionais que trabalham com você? Cerca de 10% dos trabalhadores da companhia apresentam alguma deficiência?
Se você respondeu não para alguma das questões acima, é simples concluir que a representatividade vista no país não está representada em sua corporação. Dessa forma, conclui-se que o índice de inclusão não corresponde ao que se vê nas ruas. Ou seja, a diversidade existente no Brasil não é representada de forma real em sua equipe.
Qual a importância da diversidade nas empresas?
Há inúmeras maneiras de analisar a importância da diversidade nas empresas, considerando tanto as minorias, a população como um todo e a própria organização. Em primeiro lugar, portanto, ganha destaque a maior quantidade de oportunidades para as pessoas que fogem do padrão homem, hétero, branco e jovem. Com esse cenário, portanto, é possível começar a imaginar uma sociedade mais justa e igual.
Pensando na população brasileira, essa é uma excelente notícia, em especial por sua característica heterogênea. Da simples contratação ao pagamento de um salário coerente com o mercado, apostar na busca por talentos mais diversos traz uma nova perspectiva para aqueles que pertencem a alguma dessas minorias.
Para além deste tópico, é interessante analisar também que a própria empresa se beneficia ao investir na estratégia. Um ambiente mais diversificado, afinal, representa também uma maior pluralidade de pensamentos, vivências e opiniões. Com isso, a companhia passa a entender os mais diversos públicos e se ajustar às suas necessidades. Essa se apresenta, então, como uma excelente técnica para analisar novos públicos, ganhar mercado e se posicionar.
Diversidade nas empresas em números
Uma alternativa — até mais efetiva — para perceber a importância deste tema está nos números. Para isso, basta analisar a pesquisa Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações, realizada pela Deloitte em 2021. O estudo foi feito com funcionários de 21 empresas, sendo que 44% destas eram multinacionais. E os resultados demonstram bem a real situação do Brasil neste assunto. Confira:
- 41% das empresas contam com indicadores e 35% com metas de inclusão;
- 24% das organizações não contam com mulheres no conselho;
- 49% das companhias têm parcerias em ações de diversidade e equidade;
- 54% das empresas investem menos de 0,5% de sua receita líquida em diversidade;
- No conselho de administração, 70% não conta com pessoas com deficiência, 43% não têm LGBTQIA+, 56% não tem negros e 24% não têm mulheres;
- 30% dos respondentes afirmam que sua empresa oferece benefícios específicos para esses grupos.
Os dados acima trazem dois pontos de extrema importância dentro dessa discussão, os quais merecem o devido destaque. Primeiramente, é possível perceber que as empresas estão investindo na diversidade, melhorando os números frente pesquisas passadas. Além disso, também fica evidente que este trabalho está apenas começando e, para atingir uma real equidade, muita coisa ainda precisa ser feita.
Como investir na diversidade nas empresas?
Agora que entende todo o cenário brasileiro, chega o momento de pensar no que fazer. Alguma coisa, afinal, precisa ser feita para alterar essa situação e, enfim, o país apresentar uma verdadeira diversidade nas empresas. E, para isso, algumas medidas parecem surtir um bom efeito, como as que você pode ver mais abaixo.
Análise externa
O primeiro passo para tornar seu ambiente de trabalho mais inclusivo é compreender a fundo a realidade do país. Os números divulgados mais acima servem como um bom exemplo, mas é preciso se aprofundar mais. Dessa forma, se faz interessante realizar uma pesquisa para entender, de fato, qual o cenário da sociedade em que a sua organização se encontra.
Em um mundo ideal, a representatividade dentro da companhia deveria ser igual, ou ao menos próxima, do que se vê fora do escritório. Sendo assim, os valores encontrados devem servir como uma métrica de negócio a ser seguida como objetivo. Ou seja, o ideal é alcançar um percentual dentro da corporação que se assemelhe o máximo possível ao que se vê fora dela.
Análise interna
Com todos esses dados em mãos, é chegada a hora de compará-los à situação atual de sua empresa. Muito provavelmente, haverá uma discrepância entre a sua realidade e o que ocorre nas ruas ao seu redor. Ainda assim, por se tratar de um estudo inicial, estas são informações de extrema importância para começar a se planejar.
É válido compreender, portanto, quais são os públicos menos representados dentro do escritório. Estes devem ser seu foco, representando um perfil diferente de profissionais que a empresa deve buscar para contar com mais inclusão. Por isso, nessas duas primeiras etapas, o foco está mais em extrair esse material de seu banco de dados e realizar a comparação.
Comitê de afinidade
Com base em tudo o que for descoberto, o próximo passo deve estar na tentativa de melhorar esses números. Uma boa iniciativa, vista em 81% das empresas pesquisadas pela Deloitte, é investir em grupos de afinidade. Estes são comitês formados por funcionários da organização e que tem como objetivo criar um ambiente de trabalho mais saudável, em especial para essas minorias.
Para isso, buscam se reunir com determinada constância para discutir o tema e propor ações que melhorem os resultados. É interessante, também, escalar para este comitê pessoas que realmente se conectem à causa, de preferência com representantes de cada um dos perfis analisados.
Planejamento e execução
De nada adiantará investir em todos estes tópicos se, ao fim do projeto, nada for feito para mudar a situação. Sendo assim, é papel deste grupo buscar por ações que possibilitem uma maior diversidade nas empresas. Estas podem ser palestras, mudanças de processos ou mesmo novas formas de procurar por talentos.
Obviamente, a estratégia utilizada neste planejamento deverá estar de acordo com o que foi visto nas pesquisas, bem como com os objetivos da empresa. Ao mesclar esses interesses em comum, fica mais simples executar as ações e atuar ativamente na mudança deste cenário.
Mudança de cultura
Um ponto extremamente válido de mencionar em meio a essa discussão é a cultura da organização. Todos esses planos, afinal, somente serão efetivos se a companhia quiser, de fato, elevar seus níveis de inclusão. E, para isso, é preciso que este pensamento esteja inserido na cultura da própria corporação, estando inclusive em seus valores.
Mais do que um tópico no manual de identidade da organização, porém, este deve ser um pensamento inerente a qualquer um que trabalha nela. Assim, das altas lideranças aos funcionários de chão de fábrica, todos devem estar cientes do problema e do que fazer para resolvê-lo. Somente com o apoio de todos e uma cultura realmente inclusiva pode-se esperar por êxito neste projeto.
Treinamentos e capacitações
Uma forma bastante interessante de não apenas informar, mas fazer com que os profissionais entendam a importância do tema é capacitá-los. Seja por meio de reuniões ou treinamentos, com o auxílio dos grupos de afinidade ou de empresas terceiras, a mensagem deve ser passada. E, aqui, os números mencionados mais acima podem auxiliar muito no convencimento.
Mais do que isso, é preciso garantir que todos tenham as mesmas chances de sucesso dentro da corporação. Isso significa que, independentemente de raça, credo, gênero, idade ou orientação sexual, todos devem ter as mesmas chances. Assim, oferecer uma capacitação àqueles que pertencem aos grupos excluídos é uma excelente maneira de ajudá-los a se destacar em suas carreiras.
Busca por talentos
Para finalizar esse plano, se faz preciso aumentar a diversidade nas empresas por meio de novas contratações. Neste ponto, porém, é interessante explicar que você não precisa, necessariamente, excluir os outros grupos ao longo do recrutamento. Na verdade, o ideal é apenas expandir os locais em que procura, dando chance a profissionais que geralmente não teriam acesso à vaga.
Muito provavelmente, você se surpreenderá com a oferta de excelentes trabalhadores que encontrará. Mais do que isso, poderá ver na prática o efeito que tal diversidade traz ao escritório, mudando alguns estigmas e trazendo novas visões ao grupo e suas decisões.
Como a estrutura interfere na diversidade nas empresas
A diversidade nas empresas é um assunto em alta e que, merecidamente, recebe cada vez mais destaque da mídia e da população. Essa é uma necessidade da sociedade atual e, portanto, deve estar entre as prioridades das corporações. O que poucas sabem, porém, é que sua estrutura física pode estar influenciando nisso. Dessa forma, o mais indicado é contar com parceiros experientes e que possam te ajudar a adaptar seu escritório para essa nova — e inclusiva — realidade.
Desde 2005 a T2 Arquitetura e Engenharia Corporativa atua no mercado como um parceiro para outras empresas no planejamento de obras. Tem como foco o trabalho junto às companhias, especialmente em projetos comerciais. Com escritório em São Paulo, atende todo o Brasil, realizando todas as etapas de um projeto. Da obra à entrega das chaves, você não se preocupa com nada. É mais facilidade e comodidade para você e seus colaboradores.
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